agosto 11, 2006

pronto para tudo (fase 4)

após 16 anos de siemens, por deslocalização de produção e às claras com a benção do governo, rua ...

meses depois início como 'faz tudo' numa firma de informática (não teria que ser?)

quatro anos e tal depois encerrar a loja pelos motivos que se advinham e antes de entrar em ruptura, talvez eu tivesse que ter antecipado o futuro e prever que o sr. belmiro ia abrir um 'worten' portas com a minha localização, não adianta chorar !

um ano de trabalho numa empresa de telecomunicações ligada à PT, projecto falhado e rua ...

3 anos de desempregado (ou desesperado? bem, não de todo) empregues em cumprimento de período sabático com actividade quase exclusiva na área informática ... internet está claro, estudo e programação, nunca conseguirei saber tudo apesar de não faltar espaço de memória !

e aqui estamos, no meio de tudo e à espera de quase nada ...

agosto 07, 2006

amadurecendo (fase 3)

frança/paris, suiça/zurique, espanha/madrid/barcelona

áfrica/marrocos/tetuan/fez

áfrica/angola/luanda

portugal/algarve/vila real de santo antónio/alcoutim/

espanha/barcelona

portugal/algarve/faro/albufeira

1981

portugal/fogueteiro/amora/seixal

até hoje ...

agosto 04, 2006

crescendo (fase 2)

à frente do tempo ou uma pequena biografia, perfil e percurso resumido e tópico do autor.

Até 1967 residiu nessa cidade, depois de um percurso de estudo normal na escola industrial e mais 2 anos de, na altura chamadas, secções preparatórias, até essa altura e além dos estudos apenas adquiriu um pouco de conhecimento, mais teórico mas com alguma prática, de agricultura, sabe semear e colher, de pecuária, sabe que o frango é filho da galinha, porque ela o põe e não vem apenas da prateleira do supermercado, de pesca também percebe mas não de caça, desde cedo decidiu que nada de carnificinas nem passatempos violentos, ponto final.

O ingresso no ISEL ficou adiado pelo mau resultado em geometria descritiva, ainda hoje não compreendi (ou não quis entender) porque razão a matéria exigida nessa disciplina para obter um bom resultado não fazia parte do leccionado até essa altura e a mesma viria a fazer parte do 1º ano da cadeira com o mesmo nome, condicionalismos em tempos difíceis!

Do Algarve para Lisboa e sem rendimentos houve que procurar trabalho e depois de teorizar um curso de marketing para vender a enciclopédia britânica não passou à pratica porque sentiu que não era essa a vocação que sentia.

Passado pouco tempo estava trabalhando nos navios na então Lisnave, foi o início real no mundo laboral e o de alguma vivência na calma cidade de então, mas não durou muito, na greve de 68 (?) e sem quaisquer razões políticas nem outras, creio que no 1º dia de greve tal como quase todos, estava lá e não se trabalhou, no 2º dia de greve estava de folga, não apareci, no 3º dia indicaram-me o caminho para fazer as contas e não entrei mais no local de trabalho, dizia-se que o nome que tinha uma bolinha vermelha estava despedido e ponto final.

Não havia a quem ou como reclamar, com ou sem razão admiti ter de aprender a engolir por vezes sem mastigar.

Viagem de volta ao Algarve, início do verão e trabalho como recepcionista num hotel de relevo, tudo voltou à calma com um ocupar de tempo proveitoso no aperfeiçoamento do inglês e mesmo aliciante no convívio com outro tipo de pessoas às quais sabemos não estar muito habituados, num período assim e sem grandes preocupações tudo parece um pouco rosa ainda.

Nesse mesmo ano, ainda a informática era uma pequena criança, o computador era tão grande como qualquer divisão de uma casa normal e os programas, para esses enormes monstros funcionarem, eram feitos em cartões perfurados.
Foi no século passado mas há poucos anos relativamente, este que escreve frequentou um curso de programação em cobol mas nessa altura não havia possibilidade de aplicar os conhecimentos porque simplesmente não existiam por cá dessas máquinas!

Não à frente do tempo mas nascido e residente em Portugal.

Um final de dia em que estava de folga do hotel e durante parte da noite que se seguiu foi passado com alguns antigos colegas de escola e um deles, que tinha no ano anterior entrado no ISEL, mostrou-me que tinha a matéria do 1º ano de geometria descritiva que era necessário saber (em sebenta e apontamentos) para o exame de admissão, o restante ainda era igual ao anterior ano, em matemática e física era rever a matéria do ano anterior, faltavam 9 dias para o exame e chegada a altura o mesmo foi ultrapassado com sucesso, o ingresso foi feliz e nada estava perdido com o ano passado, em frente e o inicio de uma nova série de acontecimentos e situações que levaram a que o curso ficasse interrompido no 2º ano, muitas das razões se devem sem dúvida à moldagem da matriz em geração na altura, à busca do conhecimento e procura de informação que oferece-se resposta às dúvidas que também começavam a surgir.

A ligação a um circulo de colegas e amigos que faziam parte da ilegal associação de estudantes foi o princípio de nova satisfação pessoal porque sentia que alguém tinha que fazer alguma coisa, o saltar para o palanque e expor as razões de porquê na primeira rga realizada e as relações com outras associações onde tínhamos apoio (o técnico e medicina) e onde era realizado o trabalho de retaguarda, é óbvio que quase todos os estudantes que estavam envolvidos nestes movimentos tinham determinadas conotações de carácter já político embora tremendamente reprimido, foram o passo para o não sucesso pessoal no evoluir do curso. Houve um certo abandono do gosto pelas questões e disciplinas exclusivamente técnicas, a parte mais interessante passou a ser a Filosofia e Desenho, ambas foram terminadas com êxito e a primeira era extra-curricular.

Em paralelo começava a desenhar-se uma situação de obrigatoriedade de ingressar na tropa, hipótese que na altura estava posta de lado, um não definitivo, decidido e irrevogável!

Continua ...